Published On:domingo, 8 de junho de 2014
Posted by Gazeta Online MT
Julier apresenta propostas para garantir força no PMDB para candidatura, em evento político

O ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva visitou Lucas do Rio Verde nesta sexta-feira onde buscou apoio dos membros do PMDB local para viabilizar candidatura ao governo do Estado em outubro. Julier falou sobre propostas e alianças e defendeu o governo Silval Barbosa apontando as mudanças proporcionadas principalmente na capital como legado para as futuras gerações. Em entrevista à imprensa, o ex-juiz federal também falou sobre a operação Ararath que está assombrando a classe política matogrossense.
Depois de 19 anos de magistratura, Julier disse que se sente impulsionado a atuar em defesa do Estado. Ele afirmou que busca chegar ao Palácio Paiaguás com o intuito de promover o bem estar da população. A escolha de filiar ao PMDB para viabilizar uma candidatura, segundo ele, acontece em razão da história do partido. “Teria condições de juntar as duas histórias para dar início a um novo ciclo de desenvolvimento de Mato Grosso”, argumentou, acrescentando que a visita às bases busca construir um projeto de governo ‘onde o matogrossense seja o centro da proposta. Significa dizer que a proposta de governo é cuidar de gente’.
Sobre as alianças partidárias, Julier explicou que a prioridade é a discussão com os partidos de sustentação aos governos Dilma Rousseff e Silval Barbosa. Ele acredita que até a próxima semana os partidos devem formalizar a chapa para concorrer ao pleito de outubro próximo. O ex-juiz federal não acredita em racha, mesmo levando em consideração que os partidos da base têm nomes fortes para postular candidatura na chapa majoritária. “Do ponto de vista competitivo, deveremos ter duas candidaturas: uma da base do governo e a outra da oposição, o que me parece”, sinalizou. “Do ponto de vista eleitoral, creio que não haverá espaço para rupturas dentro da base do governo”.
Em relação a Operação Ararath, onde vários políticos tiveram nomes citados com envolvimento de crimes contra a ordem pública e lavagem de dinheiro, Julier lembrou que o exercício da democracia prevê que as instituições têm resguardadas autonomia para investigar e apurar possíveis ilícitos. O peemedebista disse acreditar que a ação da Polícia Federal não deverá influenciar na condução das conversações e alianças partidárias, bem como no processo eleitoral. “Eleições e investigações são fatos corriqueiros de uma democracia, que podem acontecer concomitantemente e que, obviamente, não se interfere uma na outra”, opinou. “Importante é que a democracia funcione”, acrescentou o ex-juiz que também foi investigado em outra etapa da operação Ararath.
Durante a entrevista, Julier defendeu o governo Silval, principalmente em relação aos investimentos feitos em Cuiabá em detrimento do interior. Ele acredita que o Fethab vai compensar nos próximos anos, a ausência do governo em ações mais intensas nas diversas regiões do Estado. Julier argumentou que o governo Silval assumiu mais responsabilidades que o esperado. “Tivemos alguns percalços nessa intervenção de mobilidade urbana, sem dúvida nenhuma, mas também temos que ir além do que a poeira das obras nos coloca em frente”, ressaltou. “O importante é o legado pós Copa do Mundo”.
Sobre o atraso nas obras de preparação da capital, o pré-candidato disse que é comum em obras ocorrerem mudanças no cronograma. Julier fez analogia com a construção de uma residência. “Quem vai reformar e pintar uma casa sabe muito bem disso. Contrata um pedreiro e ele fala: ‘vai demorar trinta dias pra gente arrumar isso aí’. Depois de 30 dias ele fala: ‘doutor, choveu, não deu, tivemos que esperar passar a chuva. Vai mais 30 dias’. Todos nós convivemos com isso. Você já tá no final bravo com o pedreiro, não quer mais ver a cara do pintor. Mas na hora que termina e você está na sua casa, que tá limpinha, pintada, reformada, adequada à sua necessidade e de sua família você olha e diz assim: ‘É foi um transtorno, mas valeu a pena’. E é isso que nós pensamos no legado pós-Copa do Mundo”, declarou.
Em relação a definição de nomes para concorrer à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal, Julier afirmou que o ideal é que cada região tenha seu representante nas esferas legislativas. Ele afirmou que um município com potencial econômico, como Lucas do Rio Verde, também deve ser classificado como pólo político. “Acho que o PMDB tem ótimos representantes”, ressaltou Julier, ao falar dos principais representantes políticos do partido no município.
Fonte: Expresso MT